Eram dias de calor, andávamos por uma
mesma estrada, mas com destinos diferentes. Conversávamos. Falava-me ele sobre
suas árduas batalhas de todos os dias, algo em que já notavelmente estava
acostumado.
Sentamo-nos há sobra de um carvalho, ali
pairamos sobre uma boa prosa onde se mostrava forte e orgulhoso ao contar suas
batalhas. Há muito eu já conhecia às vezes em que brandiu sua espada a procura
de proteção. Um guerreiro experiente estava a minha frente, sábio e maduro
apesar da idade.
Uma batalha desonesta vinha travando ha
dias. Ainda machucado e com tristeza no brilho dos olhos logo se via um sorriso
e uma felicidade inigualável. Uma mulher ferira seu coração, mas não
fraquejava, era firme e forte e sem ilusão sabia que muitas vezes ainda haveria
de desembainhar sua espada e mais uma vez ir à luta, mas não naquele dia.
Parecia revigorado, piedoso e destinado.
Foi neste dia, sobre a sobra fresca de um carvalho, olhando para o horizonte
que ele soube que não mais tremeria até o ultimo fio de cabelo pela presença da
mulher em questão. Foi sacando das vestes seu relógio de bolso que ele viu que
o mesmo marcava a hora de um novo recomeço.
Ao
meu grande amigo e irmão Bruno Caldas a quem chamo de
“O Alquimista do Coração
de Aço.”
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