quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Um coração de aço


Eram dias de calor, andávamos por uma mesma estrada, mas com destinos diferentes. Conversávamos. Falava-me ele sobre suas árduas batalhas de todos os dias, algo em que já notavelmente estava acostumado.
Sentamo-nos há sobra de um carvalho, ali pairamos sobre uma boa prosa onde se mostrava forte e orgulhoso ao contar suas batalhas. Há muito eu já conhecia às vezes em que brandiu sua espada a procura de proteção. Um guerreiro experiente estava a minha frente, sábio e maduro apesar da idade.
Uma batalha desonesta vinha travando ha dias. Ainda machucado e com tristeza no brilho dos olhos logo se via um sorriso e uma felicidade inigualável. Uma mulher ferira seu coração, mas não fraquejava, era firme e forte e sem ilusão sabia que muitas vezes ainda haveria de desembainhar sua espada e mais uma vez ir à luta, mas não naquele dia.
Parecia revigorado, piedoso e destinado. Foi neste dia, sobre a sobra fresca de um carvalho, olhando para o horizonte que ele soube que não mais tremeria até o ultimo fio de cabelo pela presença da mulher em questão. Foi sacando das vestes seu relógio de bolso que ele viu que o mesmo marcava a hora de um novo recomeço.

Ao meu grande amigo e irmão Bruno Caldas a quem chamo de 
                                                                “O Alquimista do Coração de Aço.”


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