quarta-feira, 23 de maio de 2012

A trágica lógica do bêbado filósofo


  Cá estou eu mais uma vez, não sei explicar o porquê de certas inspirações pairarem sobre minha pessoa apenas quando o ponteiro marca as altas horas da noite, isso é uma questão a se ver posteriormente por que, nesse momento venho tratar de um assunto de suma importância popular e geral entre todos os amantes da bebida alcoólica (vinhos, bebidas quentes, cerveja e etc.) e a grande frase “filosofias de bêbados”. A partir disso, lá vou eu.
  É certo e mundialmente conhecido dizer que bêbado quando está inspirado filosofa, mas assim como vários outros, venho eu empenhar o meu ato de filosofar indagando. Mas por que então afirmam que bêbados filosofam? O que está por trás disso? E é justamente isso que vou tentar agora encontrar uma resposta.
  Às vezes estamos tristes, felizes, eufóricos talvez ou apenas “inspirados” e a partir dai, seja numa mesa de bar ou até mesmo na calçada “biritando” com os amigos que as frases afloram, dai em diante meu amigo sai de baixo que “a porra ficou séria”. Até o próprio momento e ambiente pode proporcionar esses momentos, como se fosse uma ignição para que o “eu alcoolicamente filosófico” venha à tona.
  Mas não podemos negar a força que o velho e apreciado Boteco tem sobre os mortais. E como já dizia o grande Leonardo Boff.
“O boteco é mais que seu visual, com azulejos de cores fortes, com o santo protetor na parede, geralmente um Santo Antônio com o Menino Jesus, o símbolo do time de estimação e as propagandas coloridas de bebidas. O boteco é um estado de espírito, o lugar do encontro com os amigos e os vizinhos, da conversa fiada, da discussão sobre o último jogo de futebol, dos comentários da novela preferida, da crítica aos políticos e dos palavrões bem merecidos contra os corruptos. Todos logo se enturmam num espírito comunitário em estado nascente. Aqui ninguém é rico ou pobre. É simplesmente gente que se expressa como gente, usando a gíria popular”


  Há quem diga também que além de proporcionar tais momentos e conversas “o boteco é onde a democracia se inicia”...
  No ultimo mês (Abril) eu li em algum lugar um texto falando sobre uma pesquisa realizada por cientistas onde o principal objetivo deles era descobrir se o álcool influenciava na criatividade das pessoas, e foi comprovado que na maioria dos pacientes (cobaias) ao ingerir a porção de 0,75 MG de álcool certa área do cérebro encarregada da criatividade aumentava suas atividades e em consequência algo há mais podia ser produzido pelos pacientes.
  Então a partir da citação de Boff e essa pesquisa é possível afirmar que o ambiente influencia e que as pessoas  num certo momento da bebedeira atingem sem consciência disso um potencial maior de questionamento e diálogo, falando assim de passagem, entramos num estado de Filosofia Etílica Espacial, ou FEE.
  Bom, não sei se essa seria a resposta mais exata, mas vamos tentando como bons questionadores os motivos no qual nós filosofamos ao estarmos bêbados, ou levemente embragados.

“Beber ou não beber, eis a questão.”

“Todos devem acreditar em alguma coisa. Eu acredito que vou tomar mais uma.”

“Mais vale um bêbado conhecido do que um alcoólatra anônimo.”

“Tu és para mim o que sou para ti, tu vais me matar mas eu vou te engolir.”

E essa é pra fechar!

“CACHAÇA, NADA MAIS QUE UM APERITIVO,
TODO MUNDO BEBE, MORTO OU VIVO.
COMO TODO POBRE QUE BEBE VIRA REI,
BEBEREI TODA A CACHAÇA DO UNIVERSO
PARA ESQUECER A MULHER QUE TANTO AMEI.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário